Este livro, uma leitura (demasiado tempo) adiada, cumpriu cabalmente as minhas expectativas: levou-me num passeio pela vida de E. P. Jacobs, o criador de Blake e Mortimer, pelos aspectos determinantes dela e pelas anedotas acessórias que também a definiram, evocando memórias - minhas também, do que sobre ele fui lendo ao longo dos anos, como apreciador da sua obra - e apresentando o autor, não como aquela ‘entidade distante’ que tantas vezes parece(m), mas como um ser (mais) humano.
Do
seu nascimento às tropelias infantis, das ousadias adolescentes à
necessidade de estudar para ter um emprego ‘sério’, a vivência
das duas Grandes Guerras e os seus dois grandes amores, dos devaneios
com a ópera, a cenografia e a ilustração à confirmação como
autor de referência para a sua e futuras gerações, passando
pela cumplicidade com Van Melkebeke, Laudy e Hergé - e as inflkuências que tiveram uns nos outros... -,
Rodolphe traça um retrato a três tempos: o de um jovem com sonhos,
o do homem que os concretiza, o do velho desencantado e só. Ou um
só, de um ser humano como todos nós.
Nota
final
Sendo
em primeiro lugar uma obra para os fãs - e os conhecedores - de
Jacobs e da sua obra, A
Marca Jacobs
contém uma série de piscadelas de olho aos leitores. A começar,
desde logo, pela capa, onde existem diversas referências...
A
Marca Jacobs
Rodolphe
(argumento)
Alloing
(desenho)
Arte
de Autor
Portugal,
Fevereiro
de
2017
218
x 280 mm, 112 p., cor, capa dura
17,80
€
(imagens
disponibilizadas pela Arte
de Autor;
clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)
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