15/04/2014

The Walking Dead #7: A calma antes











A recente conclusão de mais uma temporada da versão televisiva de The Walking Dead, é o pretexto – desnecessário – para regressar à BD onde a série nasceu.
Com um mote especial, que revelo já a seguir.

Sem que tivesse sido pensado – apenas a coincidência das diferentes leituras no tempo o provocou – volto à questão da construção das histórias, que abordei, sob ângulo completamente diferente em J. Kendall #104: Sem remorsos.
Desta vez, para olhar para o modo como The Walking Dead tem avançado de forma divergentemente convergente nos seus dois suportes principais: a banda desenhada – que, facto nada displicente, com este volume fica à porta das primeiras mil pranchas editadas em português… - e a série televisiva.
Sendo a base a mesma, sabe-se que, de um suporte para o outro, tem havido variações, em muitos casos significativos: omissão ou introdução de personagens, diferentes momentos para as suas mortes, ‘transposição’ de acontecimentos de umas personagens para outras, diferentes evoluções de determinados segmentos da narração…
Uma vez que Robert Kirkman, para além do criador da série aos quadradinhos, é também consultor para série da TV, é lícito pensar – pelo menos imaginar – que algumas (muitas?) destas mudanças nasceram do seu desejo de  corrigir/melhorar/alterar o que tinha acontecido na BD.
Sei perfeitamente que ficar por esta explicação será demasiado simplista e que há uma série de outros factores a considerar, até porque o suporte televisivo tem regras e especificidades diferentes das histórias aos quadradinhos, a começar pela mais rápida auscultação dos espectadores e a maior necessidade de adequar os temas, conteúdos e personagens às suas reacções – como único meio de garantir a sua popularidade e consequente continuidade.
Independentemente disso, o mote parece-me estimulante: comparar as duas narrativas e ver como as variações introduzidas melhoraram (ou não) o resultado final ou como se limitaram a conduzi-lo de forma diferente.
Fica por isso a proposta de leitura – comparada – deste volume, que decorre sob o signo do (aparente) regresso à (aparente) normalidade que, como nos é revelado no momento final, mais não é do que A calma antes da tempestade.

The Walking Dead #7
A calma antes
Robert Kirkman (argumento)
Charlie Adlard (desenho)
Cliff Rathburn (tons cinzentos)
Devir (Portugal, Dezembro de 2013)
168 x 258 mm, 136 p., pb,
brochado com badanas
14,99 €

1 comentário:

  1. Eu deixei de comprar esta serie desde que o 1,2 e 3 começaram a sair páginas

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