Chama-se Lúcio Oliveira, é brasileiro,
um dos convidados do Amadora BD e uma das apostas recentes da Polvo.
Tudo graças a Edibar, um dos heróis dos quadradinhos mais
politicamente incorrectos da actualidade, que há mais de uma década
deixa a sua marca e o seu (mau) hálito na internet, onde nasceu, no
jornal A Folha Londrina e na
revista Expresso, em
edições da HQM e a partir de amanhã também da Polvo.
O lançamento de dois volumes da Edição Integral das tiras de Edibar tem lugar amanhã, às 16h15 no auditório do Fórium Luís de Camões onde está a decorrer o 30.º Amadora BD e o autor estará presente para autógrafos nos dias 26 e 27 de Outubro e 1, 2 e 3 de Novembro.
O lançamento de dois volumes da Edição Integral das tiras de Edibar tem lugar amanhã, às 16h15 no auditório do Fórium Luís de Camões onde está a decorrer o 30.º Amadora BD e o autor estará presente para autógrafos nos dias 26 e 27 de Outubro e 1, 2 e 3 de Novembro.
A
entrevista que se segue, foi feita por correio electrónico e ajuda a
conhecer melhor o autor e, principalmente, a personagem.
As Leituras do Pedro - Como nasceu o
Edibar?
Lúcio Oliveira - Uma vez eu
estava numa missa na igreja, em meados de 1999, quando de repente um
homem bêbado entrou pela porta lateral, passou por detrás do padre
e acendeu o cigarro na vela do altar, saiu pela outra porta sem que o
padre percebesse. Eu, que já trabalhava como chargista no jornal da
cidade e ainda não tinha criado nenhum personagem, foi aí que me
veio a ideia de criar um personagem beberrão.
As outras peças/personagens foram
juntadas de anos frequentando os botecos da vida e vendo várias
situações engraçadas que meus amigos e frequentadores do boteco
passaram.
As Leituras do Pedro - Como é
possível criar alguém tão desagradável, cretino e mal-educado?
Lúcio Oliveira - Me inspirei nos
amigos brasileiros. Por aqui, todo mundo conhece um Edibar da vida.
As Leituras do Pedro - Quanto
do Lúcio Oliveira há nele?
Lúcio Oliveira - A sinceridade do
personagem. Edibar fala o que pensa mas tem o coração bom. No fundo
ele é um cara legal. (Bem no fundo. (Do copo))
As Leituras do Pedro - O Edibar
é o sonho de todos os homens?
Lúcio Oliveira - Com certeza.
Falar a verdade sem consequências, viver no Bar, fazer aventuras com
os amigos, poder admitir que não gosta da sogra e ter noitadas com
mulheres, é o sonho de todo homem. Inclusive para uma legião de
fãs, Edibar é um herói.
As Leituras do Pedro - Pensa que há muitos leitores que se revêem no Edibar?
As Leituras do Pedro - Pensa que há muitos leitores que se revêem no Edibar?
Lúcio Oliveira - Muitos. Até as
próprias esposas marcam os maridos nos comentários das tiras que
posto no facebook para compará-los. Me divirto muito com os
comentários nas redes sociais.
As Leituras do Pedro - O Edibar
tem alguns limites?
Lúcio Oliveira - Ele não é
agressivo, não usa drogas e não fala palavrão.
Lúcio Oliveira - Edibar precisava
de um motivo para beber. Então criei a mulher e a sogra.
As Leituras do Pedro - Num
tempo em que impera o politicamente correcto, como têm sido
recebidas as tiras do Edibar?
Lúcio Oliveira - Tenho uma
aceitação de 100% dos leitores pois Edibar sempre se dá mal no
final das histórias. A cada vez que ele apronta uma, ele tem alguma
consequência.
Também tomo o cuidado de colocar um
linguajar apropriado, não falar sobre religião, política e
futebol. Confesso que muitas piadas foram para o lixo justamente por
estarmos vivendo nesse campo minado.
Invisto em coisas do cotidiano e assuntos
neutros.
As Leituras do Pedro - Volta e meia, o Edibar encontra Tex
e os seus amigos. Por que é que isto acontece? Ele está a
candidatar-se a ser o quinto pard?
Lúcio Oliveira - Eu sou um grande
fã do Tex e Kit Carson. Não passo um dia sem ler uma aventura do
Tex.
Então me inspirei em fazer algumas
aventuras do Edibar no mundo Western. Mas não seria ruim ter o
Edibar como o quinto pard!
As Leituras do Pedro - O salto
da internet para livros, no Brasil e agora em Portugal, significa o
quê?
Lúcio Oliveira - A consolidação
do personagem. Por mais que a internet ultrapasse as barreiras,
manusear um livro é um prazer inigualável. Após meu primeiro livro
lançado, pude ver o quão aceito é o meu trabalho. E agora em
Portugal só prova que estou no caminho certo. Isso me motiva ainda
mais a levar humor e alegria por onde o Edibar passar, inclusive além
do oceano.
(entrevista tornada possível por Rui Brito, da editora Polvo, a quem As Leituras do Pedro agradecem a oportunidade; imagens disponibilizadas pela editora ou recolhidas na página de Facebook da personagem; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)
E eu quero "Um sábado qualquer"!!!! Polvo? Não querem arriscar no Ruas e nos seus deuses???
ResponderEliminarRelativamente ao Edibar, tenho pena que ele não arrisque religiões (incluindo o futebol), mas percebo inteiramente a razão....
Estes serão aquisição certa:
- porque já acompanho o Edibar à algum tempo
- poprque faltam edições de humor na "enxurrada" de edições que estão surgindo nesta terrinha
Idem Idem Aspas Aspas
EliminarUm sábado qualquer está dentro do livro que sai do Quintanilha Folia de Reis.
EliminarSim, o Folia de Reis que a Polvo lançou agora. no Amadora BD, inclui os livros Sábado dos meus amores e Almas Públicas.
EliminarBoas leituras!
Eu sou fa numero 1 do Edibar,seu criador e um mestre em tirinhas,
ResponderEliminarTiras bem humoradas, com excelentes desenhos...Parabéns!
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