No misto de descoberta e nostalgia - mesmo que alguns casos esta seja apenas imaginária porque as leituras não foram feitas na época própria - tenho multiplicado leituras que, num mundo ideal, mereceriam aqui uma referência na forma de texto alargado mas, sem possibilidades físicas e temporais de abordar todas, deixo por hoje três desses títulos, apresentados de forma breve e, espero, assertiva.
Curiosidade antiga, a série Percivan que surgiu agora nas minhas leituras através do volume #4 Le pays d’Aslor (Dargaud, França, 1985) é um relato de espada e feitiçaria, em tom caricatural, assinado por 2 argumentistas - Fauche e Léturgie, que muitos reconhecerão dos álbuns de Lucky Luke - de créditos firmados e com o desenho competente e dinâmico de Luguy.
Este volume, o quarto, mas que dispensa leituras anteriores embora estas a complementem, narra a busca de um antídoto para evitar a morte por envenenamento do rei, com humor, acção, traições, seres fantásticos e belas surpresas e, de alguma forma deixou-me rendido a este jovem aventureiro medieval, a cujas aventuras espero regressar algum dia.
Com um humor simples e direto, longe do negrume que Macherot tantas vezes revelou em Sibylline ou Chlorophylle, esta é uma leitura simpática e divertida, com a assinatura gráfica marcante de um dos maiores desenhadores animalistas caricaturais que a banda desenhada conheceu.
Fecho, por hoje, com Tony Stark, uma criação menos conhecida do polivalente Édouard Aidans que nos deu Tounga, Les Franval, Les Panthères ou até uns interessantes Bernard Prince apócrifos.
Western dos tempos modernos (na época da sua criação, nos anos 1970/80, entenda-e), esta série, depois de um início estereotipado e pouco motivador, encontrou o seu rumo quando um certo Jean Van Hamme assumiu ‘anonimamente’ o argumento. Neste quinto tomo, #5 Opération Jonas (Hachette, Bélgica, 1981) encontramos o protagonista, que em comum com o habitual portador da armadora do Homem de Ferro apenas tem o nome, fora do seu habitat natural, nos mares gelados do Ártico, numa missão de salvamento de baleias, numa narrativa contra a corrente em plena guerra fria e com um acentuado, surpreendente e pioneiro tom ecológico.
(imagens disponibilizadas pelas editoras; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão; clicar nos textos a cor diferente para saber mais sobre os temas destacados)
Epah, nostalgias, tenho de rever o Leo Gwenn, tinha uma arte bestial, lembro-me de uma história com um tubarão gigante na revista Tintin, existem alguns heróis que se destacaram e a que apenas dei valor mais tarde, era muito puto para apreciar, acho que segundo os padrões actuais algumas não eram mesmo para menos de 12 anos, quanto mais 7.
ResponderEliminarTodos temos boas memórias de histórias que nos marcaram e cuja leitura nos continua a saber bem.
ResponderEliminarBoas leituras!