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28/05/2018

Liga da Justiça: O Prego - A teoria do caos


Mais teoria que caos...


Proveniente do universo alternativo Elseworlds, da DC Comics, O Prego baseia-se num pressuposto aliciante: o que aconteceria se um furo na carrinha - provocado pelo tal 'prego' - impedisse o casal Martha e Jonathan Kent de encontrar o bebé que viria a ser o Super-Homem.
A resposta, no entanto, não está à sua altura.

28/06/2017

O Mundo de Garfield 1978-1983

Alargar a oferta

Por contraditório que possa parecer, acredito que um mercado em que existe diversidade de oferta - como acontece actualmente em Portugal em relação à BD - está mais receptivo a propostas diferentes, do que aquele que se centra sobre um único segmento.
Este livro – com os primeiros cinco anos das tiras diárias e pranchas dominicais do gato laranja, publicadas por ordem rigorosamente cronológica - é para mim exemplo disso.
Embora esteja certo que a edição - inédita nestes moldes e criada de base para o mercado português, que prefigura uma (eventual) edição integral de Garfield - não surgiu em função do momento editorial.

10/06/2017

Leitura Nova: O Mundo de Garfield







(nota informativa disponibilizada pela editora)

Quem não conhece Garfield, esse gato redondinho (nunca lhe chamem gordo!) e cor de laranja que nasceu na cozinha de um restaurante italiano?

26/11/2016

Leitura Nova: Capitão Bretanha



“O Capitão Bretanha embarca numa surpreendente aventura, que o leva a uma versão sombria e distorcida da Grã-Bretanha, na qual se depara com a loucura do manipulador de realidade Mad Jim Jaspers, e tem de enfrentar o temível assassino de heróis, o simbionte Fúria. E mais, o Leão de Londres junta-se à bela Saturnyne, e vai enfrentar alguns dos seus mais letais inimigos, o Mestre Assassino e a anárquica Gangue Maluca, e será também caçado por Cão de Guerra e o Poder Executivo. Ação e aventura britânicas à Maneira da Magnipotente Marvel!.”

11/06/2014

Mandrake: 80 anos mágicos



A 11 de Junho de 1934, a banda desenhada ganhava um novo e carismático herói: Mandrake, the magician, que enfrentava bandidos, vilões e até extraterrestres utilizando magia – que, com o passar dos anos, deu lugar apenas ao ilusionismo e ao hipnotismo, devido à pressão de sectores cristãos.

Evocação do mago já a seguir.

19/06/2013

Garfield: 35 anos a comer lasanha










A que se deve o êxito de Garfield? Esta é a pergunta (invejosa...?) que se repete sempre que uma obra (uma BD, um romance, um filme, ...) alcança um sucesso acima da média.
Uma parte da resposta, está sempre relacionada com as características intrínsecas do produto. Em Garfield, a par do sentido de humor e da invulgar capacidade de Jim Davis renovar ciclicamente as mesmas piadas, a forma como facilmente nos identificamos com o protagonista não deve ser esquecida.
Ou não é Garfield a imagem de tudo aquilo que nós seríamos se nos deixassem? Porque é indiscutível que todos detestamos as segundas-feiras e os despertadores, dietas e balanças “demasiado sinceras”, tanto quanto gostamos de comer. E trocamos tudo por um bom mimo, ao mesmo tempo que gostaríamos de espezinhar os indefesos como forma de afirmação pessoal, enquanto buscamos uma efémera glória numa qualquer passarela, mesmo que esta seja a cerca dos fundos do nosso quintal (da nossa tv?)...
Garfield, e através dele, nós, realiza tudo isto e foi aqui que Jim Davis jogou a sua melhor cartada, ao fazer-nos rir de nós próprios, através de um gato gordo e cor de laranja...
A escolha de Davis, um gato, num mundo das tiras de imprensa onde abundavam os cães protagonistas (dos quais o mais famoso será Snoopy, tão-só personagem secundário de tira alheia, os “Peanuts” de Charles Schulz) contribuiu também para a adesão do público, apesar de a tira não apresentar grandes inovações a nível gráfico, pese embora o excelente trabalho de Davis ao nível da expressividade das personagens.
Mas, na resposta à questão inicial, há dois outros aspectos incontornáveis: por um lado, a forte aposta no merchandising; por outro, a diversificação de suportes, não limitando Garfield à BD, mas passando-o também ao cinema de animação, sem perda de qualidades nem características.
Não há melhor maneira de comemorar os 35 anos de Garfield, do que (re)ler as suas aventuras e, para ajudar, a Booktree lançou no ano passado “O Mundo de Garfield”, quase um milhar de tiras diárias e pranchas dominicais inéditas em português.
E como em todos os álbuns de recolhas de tiras de jornal, criadas para serem lidas diariamente, ressalta deles um aspecto: a repetição (quase à exaustão) das mesmas situações, com as mesmas personagens.
Em Garfield, se isto acontece (por isso, pela enésima vez o vemos a fazer jus ao título de gato mais preguiçoso do universo; a assaltar o frigorífico ou a roubar comida ao seu dono (ou será mais escravo...?), a humilhá-lo ou a pontapear Oddie, o cão pateta; em busca de um momento de glória na cerca do fundo do jardim, ou a praticar o seu passatempo favorito: esmagar aranhas), a forma como Jim Davis consegue sempre surpreender-nos com os (novos) desfechos que dá a (velhas) situações, convidam a uma leitura continuada, com a certeza que será entremeada muitas vezes por sorrisos francos ou mesmo saudáveis gargalhadas.

(Versão revista e actualizada do texto publicado no Jornal de Notícias de 19 de Junho de 2003, a propósito dos 25 anos de Garfield)


24/02/2012

Garfield











FUNtástico
Viva a Dieta!
Jim Davis
Booktree (Portugal, Fevereiro de 2012)
200 x 200 mm, 96 p., pb, brochado
12,00 €




“A que se deve o êxito de Garfield? Esta é a pergunta (invejosa...?) que se repete sempre que uma obra (uma BD, um romance, um filme, ...) alcança um sucesso acima da média.
Uma parte da resposta, está sempre relacionada com as características intrínsecas do produto.
Em Garfield, a par do sentido de humor e da invulgar capacidade de Jim Davis renovar ciclicamente as mesmas piadas, a forma como facilmente nos identificamos com o protagonista não deve ser esquecida.
Ou não é Garfield a imagem de tudo aquilo que nós seríamos se nos deixassem?
Porque é indiscutível que todos detestamos as segundas-feiras e os despertadores, dietas e balanças “demasiado sinceras”, tanto quanto gostamos de comer.
E trocamos tudo por um bom mimo, ao mesmo tempo que gostaríamos de espezinhar os indefesos como forma de afirmação pessoal, enquanto buscamos uma efémera glória numa qualquer passarela, mesmo que esta seja a cerca dos fundos do nosso quintal (da nossa tv?)...
Garfield, e através dele, nós, realiza tudo isto e foi aqui que Jim Davis jogou a sua melhor cartada, ao fazer-nos rir de nós próprios, através de um gato gordo e cor de laranja...
A escolha de Davis, um gato, num mundo das tiras de imprensa onde abundavam os cães protagonistas (dos quais o mais famoso será Snoopy, tão-só personagem secundário de tira alheia, os “Peanuts” de Charles Schulz) contribuiu também para a adesão do público, apesar da tira não apresentar grandes inovações a nível gráfico, pese embora o excelente trabalho de Davis ao nível da expressividade das personagens.
Mas, na resposta à questão inicial, há dois outros aspectos incontornáveis: por um lado, a forte aposta no merchandising; por outro, a diversificação de suportes, não limitando Garfield à BD, mas passando-o também ao cinema de animação, sem perda de qualidades nem características.” 

O texto acima, publicado no Jornal de Notícias, a 19 de Junho de 2003, então a propósito do lançamento no mercado nacional das primeiras compilações de Garfield pela Booktree, mantém toda a actualidade no momento em que mais dois títulos daquela editora – Viva a dieta! e FUNtástico – chegam às livrarias nacionais.
E neles, como escrevi então, “como em todos os álbuns de recolhas de tiras de jornal, criadas para serem lidas diariamente, ressalta um aspecto: a repetição (quase à exaustão) das mesmas situações, com as mesmas personagens.
Em Garfield, se isto acontece (por isso, pela enésima vez o vemos a fazer jus ao título de gato mais preguiçoso do universo; a assaltar o frigorífico ou a roubar comida ao seu dono (ou será mais escravo...?), a humilhá-lo ou a pontapear Oddie, o cão pateta; em busca de um momento de glória na cerca do fundo do jardim, ou a praticar o seu passatempo favorito: esmagar aranhas), a forma como Jim Davis consegue sempre surpreender-nos com os (novos) desfechos que dá a (velhas) situações, convidam a uma leitura continuada, com a certeza que será entremeada muitas vezes por sorrisos francos ou mesmo saudáveis gargalhadas”. 

E, concluindo hoje: porque Garfield é, de alguma forma, uma instituição – com tudo o que isso tem de bom e pouco do que é negativo - dentro do seu género. Porque com ele, sabemos o que contamos e como contamos.
Poderão uns apontar o traço simples e repetitivo; outros as limitações em termos de cenário – o interior da casa (cama, mesa, sofá, pouco mais…) ou a cerca do jardim; alguns apontarão a limitada galeria – Garfield, Jon, uma (rara) namorada de um deles, Oddie, o sobrinho do gato, as aranhas (pouco mais do que figurantes e carne para canhão… ou jornal!)…
O que só dá mais força a uma verdade incontornável: a cada nova leitura e a cada leitura nova, Garfield diverte, desconcerta, surpreende e faz (pelo menos) sorrir.
O que, neste tempo – em qualquer tempo – não é de todo displicente.

Nota 1: Hoje como em 2003 – e como em (quase) todas as colectâneas de tiras de imprensa – nestes livros de Garfield falta a indicação (clara – na ficha técnica?) da data original de publicação das bandas desenhadas nos jornais (embora seja possível descobri-las nas “letras pequeninas” de cada tira diária ou prancha dominical).
O que podendo ser pouco significativo para a maioria dos leitores, a alguns (poucos?) ajudará  a contextualizar os gags no seu tempo e a sua posição na cronologia da série.
E isso revela-se tanto mais importante quando – porquê? - o álbum Viva a Dieta! inclui as tiras diárias e pranchas dominicais de 1 de Março a 14 de Setembro de 1999 juntamente com as de 11 de Abril a 27 de Maio de 1993…!
Quanto a Funtástico, publica as tiras diárias e pranchas dominicais de 29 de Junho de 1998 a 28 de Fevereiro de 1999. 

Nota 2: Embora algumas tenham sido publicadas aqui a cores, as pranchas dominicais e tiras diárias reproduzidas nestes dois álbuns são-no todas a preto e branco.

10/03/2010

Le tour du monde en bande dessinée #2

Igal Sarna (argumento)
Gipi, Erwann Terrier, Carlos Nine, Sonny Liew, Khamel Khelif, Vanessa Davis, Nick Abadzis, Mazen Kerbaj (argumento e desenho)
Rutu Modan (desenho)
Delcourt (França, Fevereiro de 2010)
226 x 298 mm, 112 p., cor, cartonado

Colectânea de histórias curtas, feitas por autores provenientes de Israel, França, Argentina, Singapura, Tailândia, Estados Unidos, Grécia e Líbano, comprova, mais uma vez, como a banda desenhada pode ser – é, sem dúvida! – uma arte plural e maior, que pode assumir todos os estilos, todos os géneros, todas as temáticas – documentário, reportagem, autobiografia, sátira política, poesia… - de acordo com a sensibilidade e a formação de cada um.
Por isso os israelitas Sarna e Modan abordam a (impossível) normalidade quotidiana em Israel e em Gaza, com (mais) um bombardeamento como pano de fundo e coelhos por toda a parte, na sequência da invasão dos territórios palestinianos no início do ano passado; Gipi põe dois mafiosos a comparar Berlusconi e Sarkozy, antes de (mais) uma execução; Terrier evoca os bons velhos tempos do bairro de Saint-Germain-des-Prés, quando era ponto de encontro de intelectuais, artistas e revolucionários; o argentino Carlos Nine elabora uma fábula política que tem a conspiração como tema; Vanessa Davis combina reportagem e autobiografia num relato sobre o Festival de Filmes Judeus de Palm Beach; Abazis aponta vantagens e inconvenientes de ser um cidadão do mundo sem/com várias nacinalidade(s); Khelif traça a (pungente) história de Mi Su, uma prostituta tailandesa, vendida duas vezes, pela mãe e a irmã; Liew, num relato em torno da própria criação, homenageia de forma curiosa alguns dos maiores autores de quadradinhos actuais; Kerbaj, desde o Líbano transforma em imagens um poema de Khaled Saghieh.
São formas, estilos, géneros, materiais, sensibilidades, educações diferentes, que marcam como se está na vida e como se faz banda desenhada,. Usando uma arte, a 9ª, uma mesma linguagem, a dos quadradinhos, para narrar quotidianos.
Como só em BD é possível fazer.
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