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17/11/2020

Le Scorpion #13 + Assassination Classroom #16 + A viagem mais longa

Três, de uma vez

Por vezes as leituras não motivam grandes reflexões, mas há pequenos apontamentos de leitura - ou não - que ficam pendentes, mas podiam influenciar decisões.

Hoje, deixo três notas curtas, referentes a tantas outras edições, para tentar obviar aquela questão.

19/03/2020

Sherman, l’intégrale

Meio século de história(s)


Se a leitura no ´formato´ integral, ajuda a compreender temporalmente as séries assim compiladas - em especial obras mais antigas (ainda) publicadas em revista - quando falamos de obras originalmente publicadas num reduzido número de álbuns - seis no caso de Sherman - lê-las num volume único permite uma leitura ‘mais curta’ no tempo e uma melhor avaliação da sua unidade.
No caso presente, proporciona ao leitor uma leitura integral de uma saga familiar, assente em traições e vinganças, que atravessa grande parte do século XX e tem a II Guerra Mundial como elemento de fundo muito importante, a par das operações obscuras no mundo da grande finança.

27/06/2018

I.R.$ #19 - Les Seigneurs Financiers

Do outro lado…?

Com o seu pai, recém-chegado dos mortos, como alvo, o (ex-?)agente do IRS norte-americano Larry Max prossegue a sua cruzada contra a criminalidade financeira, assumindo para isso o control0 da Channing Corporation.
Na prática, tudo parece indicar que passou para o outro lado… ou talvez não, como os leitores portugueses... dificilmente poderão comprovar na sua língua natal - pelo menos para já, possivelmente para sempre.

02/05/2018

I.R.$ #9: Larry’s Paradise/Kate’s Hell

E agora?



E pronto, com o nono volume - distribuído há exactamente uma semana com o jornal Público - terminou esta colecção que compilou a totalidade dos 18 volumes originais da edição francesa de I.R.$.
Com o último tomo - este - a terminar de forma bastante aberta e com uma revelação chocante relacionada com o passado de Larry Max, o agente do fisco norte-americano, os leitores portugueses - legitimamente - bem poderão perguntar: “E agora?”

13/04/2018

I.R.$ #5: Ligações Romanas/A Sociedade dos Assassinos


Auto-citação





Regresso a I.R.$ mais cedo do que esperava. Não por um eventual desejo de recuperar tempo perdido, mas impulsionado por uma curiosa auto-citação, numa história que revisita um dos temas caros a Stephen Desberg: as muitas conspirações e segredos existentes no seio do Vaticano.

10/04/2018

I.R.$ #4: Corporate America/Guerra negra


Com a cabeça fora de água






Depois de um início prometedor, a série I.R.$, em minha opinião afundou-se.
Com este quarto tomo (duplo), Corporate America/Guerra negra, parece voltar a colocar a cabeça fora de água.

12/05/2017

Le Scorpion

  
Poder(es)

Uma (oportuna) coincidência, face ao ruído de fundo da actualidade nacional, fez com que terminasse a leitura integral (até agora) da série Le Scorpion, a tempo de publicar hoje este texto hoje sobre uma série em cuja base está o retrato da forma como a Igreja Católica – os seus responsáveis - sempre colocaram à frente da sua missão original – proteger e servir os desamparados e os necessitados – valores bem mais materiais e terrenos como o dinheiro, o poder, as influências ou o próprio sexo.

22/05/2015

Tif et Tondu: Le retour de Choc

Intégrale #10






Já trouxe várias vezes aqui, a As Leituras do Pedro, Tif e Tondu – sempre nas aconselháveis edições integrais tão em voga no mercado francófono… e não só – mas, na sua essência e no seu conceito, para mim nunca passou de uma (boa) série de entretenimento, em que mistério, policial, antecipação científica e humor se combinavam em doses variáveis, atenuadas por alguma ingenuidade própria da BD franco-belga dos anos 1960 e 1970.
Por isso, a leitura deste décimo volume integral foi para mim uma boa surpresa.

04/07/2014

Golden Dogs #2: Orwood








Depois do álbum em que conhecemos Orwood, Fanny, Lario e Lucréce, o bem-sucedido bando de assaltantes da Londres vitoriana, o reencontro acontece no momento em que a traição pré-anunciada leva à sua dispersão.
Se Orwood dá nome a este volume, a bela e sensual Fanny enquanto protagonista continua a ofuscar os restantes.
Acompanhe as andanças deles, por sua conta e risco, já a seguir.

12/06/2014

IR$ Team






No dia em que começa o Mundial do Brasil, quando poucos de nós aguentamos ainda o (insuportável) ruído mediático criado em torno dele, proponho uma abordagem diferente ao mundo futebol, em quadradinhos, claro.
Em IR$ Team, Larry Max, o agente do fisco norte-americano, mergulha no pior do que gravita em torno da popularidade do desporto-rei, como explano, já a seguir.

29/01/2014

Golden Dogs #1: Fanny







Londres, 1820.
Quatro personagens pouco recomendáveis – Orwood, Fanny, Lario e Lucréce – oriundos dos bairros mais mal-afamados da cidade, decidem juntar-se para criar um novo bando de assaltantes.
Juntos, com lealdade jurada até ao fim, querem sobrepor-se a todos os que já existem e fazer fortuna à custa dos outros, a todo o custo e a qualquer preço.
Sobre eles, no entanto, pairam algumas sombras negras: os rivais Black Birds, liderados pelos gémeos Harlow Twins, canalhas sem escrúpulos que fizeram a sua fama deixando um rasto de sangue e violência no ataque a carruagens de ricos, e o juíz Aaron, com quem cada um dos quatro tem contas (ocultas) a ajustar. E, sabemos nós, leitores, a certeza de que entre os quatro um é traidor.
O desenvolvimento já a seguir.

18/10/2013

Tif et Tondu: Enquêtes Mystérieuses

Intégrale #8











Tillieux e Desberg (argfumento)
Will (desenho)
Dupuis
Bélgica, Setembro de 2010
220 x 300 mm, 156 p., cor, cartonado
20,50 €


Regresso regularmente aos integrais franco-belgas.
Pela qualidade editorial, pelos dossiers que abrem os volumes (no caso presente dedicado á entrada de Desberg para a equipa criativa), pela boa relação qualidade/preço, pelo regresso a heróis e/ou géneros que me marcaram há (alguns…) anos e aos quais volto de forma recorrente e com prazer.
Este oitavo tomo da Tif e Tondu, marcado pela entrada de Desberg como co-argumentista de Tillieux, mostra o duo de protagonistas em duas situações distintas.
Na primeira história – Aventure Birmaine – deslocados do seu ‘habitat’ natural – funcionam mais como espectadores do que como actores principais de uma história com leves contornos políticos, centrada na busca de um tesouro arqueológico numa antiga colónia francesa, por um grupo em que nem todos são quem parecem, como se descobre no final - trágico.
No relato seguinte – Le gouffre interdit, a pérola deste integral – apesar dos espaços (aparentemente) abertos em que decorrem, Tif e Tondu movem-se num cenário (quase) fechado, balizado por três ou quatro pontos de referência, com uma galeria de personagens curta mas bem trabalhada, em que o clima de mistério e suspense atinge níveis bastante interessantes.
Na base da história, consistente e engenhosamente pensada e desenvolvida por Tillieux e Desberg, está um assalto a um banco seguido da morte (?) dos ladrões na sequência de um acidente junto a uma ravina funda e inacessível, cujo acesso foi convenientemente interditado.
Finalmente, Les passe-montagnes leva-os em pleno Inverno para a alta montanha, onde descobrem uma secreta estância de luxo para milionários, onde terá lugar um rapto. Apesar da abordagem de duas temáticas então actuais – a importância do petróleo e o terrorismo asiático – e do ritmo mais vivo, a acção a rodos é de certa forma cortada por um tipo de humor que não assenta bem no espírito da série e acaba por desmotivar um pouco a leitura.
Leitura que, no seu conjunto, não é novidade, vale pelo tom nostálgico e pelo reencontro com dois clássicos infanto-juvenis que marcaram (e replicaram) a BD franco-belga (mais) tradicional de aventuras das décadas de 60 a 80.

05/07/2013

IR$ Team #1: Football Connection








Desberg (argumento)
Bourgne (desenho)
Le Lombard
França, Junho de 2013
223 x 300 mm, 48 p., cor, cartonado
12,00 €


Resumo
Depois de “IR$ All Watcher”, esta é a segunda derivação da série “IR$” – de que a ASA e o Público disponibilizaram o primeirodíptico.

Desta vez, (re)encontramos Larry B. Max o agente especial do fisco norte-americano, às voltas com o mundo do futebol, num retrato duro e pouco abonatório que salienta aquilo que ele tem de pior e que tenta manter escondido: corrupção, violência, doping, compra de interesses, destruição de vidas…

Desenvolvimento
Fruto de uma investigação aprofundada, “IR$ Team” nasceu da vontade do argumentista, Desberg, fã de futebol e adepto do Anderlecht, de mostrar – de alguma forma de expor, de denunciar – os podres de um desporto que move multidões e desperta paixões mas que, antes disso, movimentas milhões e esconde muitos interesses.
Desenvolvido a vários níveis, entre a descoberta de novos valores – e a forma de os controlar, através de contratos duvidosos, situações embaraçosas ou mesmo coacção física, o (omnipresente) doping – e a sua exploração com recurso a cobaias humanas no sentido de o tornar indetectável -, a sua exploração para ascensão social, afirmação pessoal ou lavagem de dinheiro ou em torno das manobras de bastidores – compra, chantagem, ameaça, assassinato – para garantir a organização de grandes eventos, esta é uma história de ficção em que todos poderemos reconhecer ou intuir semelhanças com casos mediáticos que recorrentemente o futebol despoleta.
Este aspecto realista do relato é bem complementado com o traço de Bourgne, eficiente, suficientemente atractivo e à vontade com a figura humana e os cenários, contribuindo para dar ao todo credibilidade e para criar no leitor a vontade de conhecer o restante desta história prevista para quatro tomos, cujo segundo estará disponível já em Setembro próximo, devendo concluir-se a edição em 2014, nas proximidades da realização do Mundial de Futebol do Brasil.


A reter
- Apesar de nomes, datas e situações serem completamente ficcionais, é impossível não estabelecer pontos de contacto com casos reais, mais ou menos mediáticos e mediatizados de que todos já ouvimos falar.

- A forma envolvente como a história está escrita, abordando uma série de situações que, mais cedo ou mais tarde – adivinha o leitor – conduzirão a um ponto comum.
- Este livro foi disponibilizado no site do jornal desportivo francês "L'Équipe" e o segundo volume terá pré-publicação durante Julho e Agosto ma revista "L'Équipe Mag".


06/04/2011

IR$

Os Incontornáveis da Banda Desenhada #6
Desberg (argumento)
Vrancken (desenho)
Público + ASA (Portugal, 6 de Abril de 2011)
295 x 220 mm, 96 p., cor, brochado com badanas, 7,40 €


Resumo
Larry B. Max, o protagonista, trabalha no departamento fiscal norte-americano, como especialista no combate à evasão fiscal e ao branqueamento de dinheiro.
Este álbum compila os dois tomos iniciais da série, “A Via Fiscal” e “A Estratégia Hagen”.


Desenvolvimento
Reunindo o primeiro arco de IR$, este álbum serve (também) de apresentação do protagonista, frio, decidido e determinado, mas com algumas fraquezas, especialmente de ordem pessoal e de relacionamento.
Para conseguir combater a fuga aos impostos, para além dos meios informáticos de que dispõe, Larry B. Max não hesita também em usar a força física ou a das armas para chegar aos seus fins.
Nesta sua primeira investigação disponível em português, o inspector das finanças norte-americano é arrastado para uma trama que teve um longínquo início durante a Segunda Guerra Mundial e que envolve fuga de nazis e roubo de bens judaicos.
Série ‘grande público’ típica da banda desenhada franco-belga, com todas as vantagens e desvantagens inerentes, com argumento simples e linear, apesar de um ou outro volte-face, em especial na transição entre os dois volumes, lê-se com agrado e despreocupação sem deslumbrar, mas beneficiaria se tivesse um traço um pouco mais desenvolto, pois Vrancken, neste início, mostra-se demasiado preso à documentação fotográfica que utilizou.


A reter
- A abordagem original a um (triste) episódio histórico que teve lugar durante a após a segunda guerra mundial: a cumplicidade dos bancos suíços com os nazis e a sua ganância.
- A forma como Desberg mantém o interesse da história, dando-lhe uma volta que subverte a ideia que fica no fim do primeiro tomo e mesmo durante grande parte do segundo.


Menos conseguido
- O desenho de Vrancken.
Nota
- Escrito antes da publicação deste álbum, hoje, com o jornal Público, este post ainda vem ilustrado com pranchas extraídas da versão original francesa.

30/11/2010

O Escorpião #6 – O Tesouro do Templo

Desberg (argumento)
Marini (desenho)
Edições ASA (Portugal, Outubro de 2010)
230 x 297 mm, cor, 48 p., cartonado

Resumo

As conspirações no seio da Igreja Católica e as (muitas) dúvidas sobre a veracidade de alguns dogmas sobre os quais assenta, não sendo um tema novo, está na moda, embora a BD já o explorasse antes do fenómeno Dan Brown (e subsequentes sequelas).
Esta é também a temática base da série "O Escorpião", ambientada no século XVIII, que narra a procura da verdadeira cruz onde o apóstolo Pedro supostamente teria sido crucificado de cabeça para baixo, para desmascarar o Cardeal Trebaldi, auto-assumido ateu, recém-eleito Papa com o objectivo de se servir da muito poderosa organização católica, refundando-a à imagem dos seus interesses.
Para além dos seus sequazes, a busca pelo médio oriente envolve um aventureiro conhecido como Escorpião, filho ilegítimo do anterior Papa e que vive na fronteira da lei, as belas - mas perigosas - Ansea e Méjai, e o impiedoso Rochnan, mercenário ao serviço de Trebaldi.

Desenvolvimento
Série de (justo) sucesso, pelos ingredientes que combina em proporções adequadas -equilíbrio entre ficção, veracidade histórica e tradição religiosa, cenas de acção bem conseguidas, um toque de romance e de sexo, armadilhas, traições, surpresas, intriga e mistério – O Escorpião ilustra bem o melhor da banda desenhada de aventuras franco-belga. O que já não é pouco.
Para isso, contribui em grande parte o traço realista ágil, fluído e expressivo, as cores, geralmente quentes, e a planificação cinematográfica de Marini que servem na perfeição o guião de Desberg que demonstra toda a sua mestria num relato de ritmo intenso, com diversos volte-faces e cuja leitura prende e entusiasma, mesmo que muitas vezes quase nada se passe, como acontecia, por exemplo, no tomo anterior, O Vale Sagrado…
O que não é o caso desta vez, pois a narrativa que, de forma interessante e bem conseguida, alterna entre o grupo onde está o Escorpião e a marcha solitária de Rochnan – cujo terrível segredo por detrás da máscara é finalmente desvendado – até à sua junção e confronto final (mas possivelmente não definitivo…) progride bastante, encerrando mesmo aquilo que pode ser designado como um ciclo.
Nele, a busca pela cruz de Pedro – durante a qual as alianças e traições se sucedem a um ritmo impressionante, mostrando a volatilidade do ser humano quando guiado pela ganância e a cupidez - chega ao seu fim, embora de forma infrutífera para aqueles que procuravam riquezas e/ou poder. E com o Escorpião a antever numa declaração do seu inimigo um novo sentido para a sua procura. E no qual Desberg, habilmente – sem os excessos (serão?) de Jodorowsky e Manara, em Borgia – a continuar a pôr a nu os podres de uma Igreja Católica, cujas cúpulas sempre estiveram mais interessadas nos bens terrenos e na satisfação imediata dos prazeres carnais – fraca e enganadoramente desmentidos regularmente por pouco sentidos pedidos de desculpas - do que em seguir os ensinamentos de amor e compaixão daquele que (teoricamente) apresentam como seu Senhor.
E, como nos álbuns anteriores, terminado a leitura, fechado o livro, fica o desejo de prosseguir de imediato com a leitura do seguinte. Cabe à ASA satisfazê-lo, aproximando-se rapidamente da edição francófona que já vai no nono volume.
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