25/10/2012

Un Printemps à Tchernobyl











Emmanuel Lepage
Futuropolis (França, Outubro de 2012)
225 x 330 mm, 168 p., cor, cartonado
24,50 €

Resumo
A 26 de Abril de 1986, em Tchernobyl, na Ucrânia - então ainda URSS - o núcleo de um reactor nuclear começou a fundir, dando origem à maior catástrofe nuclear do século XX, cujo número de vitimas, directas e indirectas (200.000? 300.000?) ainda está por averiguar.

24/10/2012

Clark Kent abandona jornalismo

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os tempos conturbados que afectam jornais e jornalistas não se fazem sentir apenas na vida real: Clark Kent também vai abandonar a profissão.
A ruptura entre o alter-ego do Super-Homem e o Planeta Diário, a casa que acolhe a sua escrita desde a década de 1960 – em 1938, quando foi criado, trabalhava no The Daily Star - terá lugar na revista Superman #13, que estará à venda nos Estados Unidos hoje, quarta-feira.
Na base da sua decisão, tomada após uma acalorada discussão com Morgan Edge, proprietário do jornal, está uma reflexão sobre o actual estado do jornalismo, no qual, o entretenimento e os escândalos se sobrepõem ao jornalismo de investigação e às verdadeiras notícias. Questionando o actual papel dos órgãos de comunicação e o desaparecimento dos jornalistas conscienciosos e interessados em servir os leitores, Clark Kent decide bater com a porta após Lois Lane ser escalada para cobrir um escândalo sexual e ele próprio ter por missão acompanhar os feitos heróicos do Super-Homem.
Escrito por Scott Lobdell e desenhada por Kenneth Rocafort, este é o início de um arco de histórias em que Clark Kent enfrentará grandes desafios a nível profissional e pessoal e também como super-herói, com o propósito de melhor integrar a sua dupla personalidade no mundo actual.
Embora o jornalista por diversas vezes tenha abandonado The Daily Planet (incluindo um curto período em que trabalhou na televisão), desta vez a decisão parece definitiva e está integrada na reformulação do universo da DC Comics iniciada há cerca de um ano, quando todas as revistas voltaram ao n.º 1 e o passado de muitos dos seus super-heróis foi alterado, nalguns casos de forma profunda. Aliás, nesta nova etapa, Clark nunca foi casado com Lois e o Super-Homem tem uma relação com a Mulher Maravilha.
 
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 24 de Outubro de 2012)
 
 

23/10/2012

The Amazing Spider-Man #692


 

 

 

 
 

 

Marvel Comics (EUA, Outubro 2012)
170 x 260 mm, 64 p., cor, comic-book mensal
$5,99 US
 
 
 
Este é um número integrado na comemoração dos 50 anos do Homem-Aranha e também da proximidade do “redondo” #700 – no qual o título vai acabar. Sem grandes razões para além da febre dos “números 1” que afecta actualmente a indústria dos comics norte-americana e para dar origem a um ainda (inexplicado) “Superior Spider-man”.
Inspirou-me três leituras diferentes, correspondentes ao trio de bandas desenhadas nele incluídas.

 
Alpha - Part 1: Point of Origin
Dan Slott (argumento)
Huberto Ramos (desenho)
Victor Olazaba (arte-final)
Edgar Delgado (cor) 
Esta é a história de um jovem liceal, mal-amado pelos colegas, vítima das suas partidas, que um dia, ao visitar um laboratório científico, é acidentalmente… não, não foi mordido por uma aranha radioactiva e por isso não se chama Peter Parker. Embora este, alguns anos mais velho do que aquilo que normalmente vemos, estivesse no laboratório como seu responsável.
O jovem em questão, Andy Maguire (evidente referência a Andrew Garfield e Tobey Maguire, os actores que interpretaram o herói aracnídeo no cinema), é sim atingido por uma dose de radiação, transformando-se no mais poderoso adolescente conhecido - com um (incongruente) visual à Lanterna Verde.
Devido à sua inexperiência e predisposição para avançar sem pensar, precisará de alguém para o orientar, sendo o Homem-Aranha naturalmente a encarregar-se disso, numa relação nem sempre pacífica, num registo algo atabalhoado e pouco credível, que recupera num novo contexto a moda dos parceiros adolescentes dos super-heróis (e não só).
Mais um truque comercial? Mais um avanço na completa descaracterização do herói aracnídeo que agora comemora 50 anos? A combinação dos dois? Seja o que for, espero que passe depressa – embora a chamada para o desenhar do excelente Humberto Ramos faça temer que não… - e nos devolva o Peter Parker que conhecemos.
 

Spider-Man for a night
Dean Haspiel (argumento e desenho)
Giulia Brusco (cor)
Numa das vertentes em que está a ser assinalado meio século do herói das teias, esta BD toma como ponto de partida um dos momentos fortes desses 50 anos: quando um desiludido e abalado Peter Parker deixa no caixote do lixo o seu uniforme, decidido a nunca mais o vestir.
Se, naturalmente, todos sabemos que voltou atrás, desconhecia-se o que aconteceu ao fato durante os (longos) minutos em que o Homem-Aranha não existiu.
Dean Haspiel revela esse segredo, numa história de tom humano, bem construída e desenvolvida, que convence pela forma como combina o desespero de um assaltante que só quer dinheiro para pagar o tratamento da neta com a mística do Homem-Aranha.

 
Just Right
Joshua Fialkov (argumento)
Nuno Plati (desenho e cor) 
Finalmente, na terceira BD, destaco o desenhador, o português Nuno Plati, pois a sua presença numa edição com este relevo não deixa de ser significativa.
Plati, fiel ao traço esguio e dinâmico – e à cor baseada em tons quentes - com que tem repetidamente retratado o Homem-Aranha, assina mais uma parceria com o argumentista Josh Fialkov, que enriquece a narrativa com um bem conseguido toque de humor.
Juntos, em duas dezenas de pranchas, narram um dia (não) do Homem-Aranha, que é salvo não pelos seus feitos heróicos, mas sim pela sua capacidade de manter o seu estatuto humano – mesmo com grandes poderes – e dar a um adolescente perseguido por colegas – mais um… - alguns momentos inesquecíveis.

 

22/10/2012

daytripper


 

 
 
 

 

Fábio Moon e Gabriel Bá (argumento e desenho)
Dave Stewrat (cor)
Panini Comics (Brasil, Abril de 2012)
260 x 170 mm, 258 p., cor, brochada
R$ 24,90

 
 
 
1.       daytripper é a “história da vida de Brás de Oliva Domingues”.
2.      Uma história contada em episódios correspondentes à sua idade, não ordenados cronologicamente.
3.      (mas que o leitor poderá reordenar para (re)descobrir (um)a (nova) história da sua vida).
4.      daytripper é  a história da sua vida – quem conheceu, quem amou, com quem viveu, quem perdeu… - e morte - assassinado a tiro, afogado, num acidente de viação, numa operação ao cérebro, de ataque cardíaco, esfaqueado…
5.      … Porque “as pessoas morrem todos os dias”. Sempre que vivem, sempre que a vida muda. Sempre que os sonhos se concretizam ou esfumam.
6.      Filho de um escritor de sucesso, dono de um cão chamado Dante, Brás de Oliva Domingues ganha a vida a escrever (belos) obituários num jornal.
7.      Mas tem um sonho, ser escritor.
8.     Um escritor que escreva “sobre a vida”, embora passe os dias a escrever “sobre a morte dos outros”.
9.      Com o consolo – consolo? – de saber que “a morte é parte da vida”.
10.  Melhor, “a morte é uma parte da vida”.
11.   “Assim como a família” a que Brás quer pertencer mas de quem se esqueceu  - que o esqueceu? Apesar da máquina de escrever com que trabalha ter sido um “presente do seu pai” e de ter aprendido “a fumar com sua mãe” a “marca preferida do pai”.
12.  daytripper é uma história – várias histórias – tocante(s) e humana(s) sobre o paradoxo dos sonhos e da vida real.
13.  De como a vida real devia espelhar os sonhos. De como os sonhos raramente se reproduzem na vida. Nas vidas.
14.  E de como muitas vezes a vida não passa “de um sonho bobo que acabou virando um pesadelo”.
15.   Este é um livro sobre a vida e a morte.
16.  Sobre as muitas mortes que vivemos – que morremos? – quando brincamos, quando crescemos, quando amamos, quando somos pais ou mães, quando perdemos os que amamos- Porque “tudo na vida pode ser divertido”. Ou tudo na vida deve ser divertido?
17.   Especialmente quando se “faz alguma coisa da vida”. Alguma coisa que valha a pena. Para os outros. Para nós.
18.  Mas, como “há muitas coisas na vida difíceis de entender e ainda maior é o desafio de colocá-las em palavras” (e em (belos) desenhos), daytripper é um livro que deve ser lido (e relido), porque Fábio Moon e Gabriel Bá conseguiram fazê-lo.
19.  De forma sensível, vibrante, profundamente humana.
20. Mas só valerá a pena lê-lo se depois nós, como Brás de Oliva Domingues, formos também viver. A nossa vida. Os nossos sonhos.
21.  Por isso, no fim da leitura, “abra os olhos e feche o livro” porque “para perseguir os sonhos” é preciso “viver a vida”.

 

21/10/2012

Astérix muda de desenhador

 
 
 
 
 
 
 
Didier Conrad, autor francês de 53 anos, foi escolhido por Albert Uderzo para desenhar o novo álbum de Astérix, que deverá chegar às livrarias no Outono de 2013.
Conrad, que publicou a sua primeira BD aos 14 anos e se notabilizou nas páginas da revista belga “Spirou”, a partir da década de 1980, e onde publicou séries como “Les Innnommables”, “Bob Marone” ou “La Tigresse Blanche”, vai substituir Frédéric Mébarki, anteriormente designado.
Mébarki, há vários anos colaborador de Uderzo na área do merchandising, não terá aguentado a pressão de desenhar o 35º álbum com as aventuras do pequeno guerreiro gaulês e terá saído do projecto por iniciativa própria.


Conrad irá fazer equipa com Jean-Yves Ferri, o novo argumentista das aventuras de Astérix, que é colaborador regular da revista satírica “Fluide Glacial”. Uderzo, a quem o Festival de BD de Angoulême, em Janeiro próximo, vai dedicar uma grande exposição, fará a supervisão de todo o processo criativo, apesar dos seus 85 anos.
Ao jornal francês “Le Figaro”, Didier Conrad afirmou que “desenhar Astérix é uma aventura extraordinária, é um sonho de criança que se realiza”. Acrescentou ainda que “esta oportunidade é um teste” às suas capacidades de desenhador e que espera “estar à altura do desafio”.
Este anúncio foi feito uma semana antes da estreia de “Astérix e Obélix: Ao serviço de Sua Majestade”, que chega aos cinemas nacionais no próximo dia 18, com Edouard Baer e Gérard Depardieu como Astérix e Obélix. Quarto filme com actores reais com as aventuras dos gauleses, teve como ponto de partida o álbum “Astérix entre os Bretões”, que a ASA acaba de reeditar com nova capa e cores restauradas digitalmente.
 
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 17 de Outubro de 2012)
 
 

20/10/2012

Leituras de banca

Outubro 2012

Revistas periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.

 

Manga (Panini Comics)
Vampire Knight #11
 
Marvel (Panini Comics)
Homem-Aranha #122
Os Novos Vingadores #97
Wolverine #86
Universo Marvel #20
X-Men #122
 
Mythos
DepoisAs revistasA editora Mythos retomará a distribuição dos títulos de Tex nas bancas e quiosques portugueses em Outubro.
Depois de um interregno, por razões já conhecidas, Tex regressa aos quiosques portugueses
Se será inda este mês ou só no início de Novembro, dependerá do desalfandegamento das edições, listadas a seguir, que já estão no nosso país. 
Tex Coleção nº 273
Tex Edição Histórica nº 81
Tex Férias nº 10
Tex nº 481
Tex Ouro nº 51
 

Turma da Mónica (Panini Comics)
Almanaque da Magali #32
Almanaque do Chico Bento #32
Almanaque do Penadinho #11
Cascão #64
Cebolinha #64
Chico Bento #64
Clássicos do Cinema Turma da Mônica #31 – Histórias de Detectives
Magali #64
Mônica #64
Mónica y su Pandilla - Turma da Mónica em Espanhol #13
Monica’s Gang - Turma da Mónica em Inglês #13
Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #64
Turma da Mónica – Saiba mais #55 – Inglês
Turma da Mônica – Uma aventura no parque #64
Turma da Mônica Jovem #46
 
DC Comics (Panini Comics)
Batman #112
Liga da Justiça #111
Super-Homem #112
Universo DC #21
 

24 Horas Manga

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A quinta edição do “24h Manga” decorre entre hoje e amanhã e, pela primeira vez, em simultâneo em três locais diferentes: o Fórum da Maia, a Bedeteca de Beja e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O seu objectivo é descobrir os novos talentos nacionais que escolheram para se expressarem o manga (banda desenhada japonesa) e o que se pede aos participantes – previamente inscritos ou que se apresentem hoje num daqueles locais com o seu material de desenho - é que durante as 24 horas de duração do evento criem uma banda desenhada de 24 páginas, desenhada no estilo nipónico.
A organização está a cargo do NCreatures, que garantiu a presença de algumas autoras da revista Banzai, a única publicação portuguesa de manga, para orientarem e incentivarem os participantes.
O 24 h Manga, que terá início às 15 horas de hoje, sábado e terminará às 15 horas de amanhã, domingo, inspira-se em eventos semelhantes que, nos últimos anos, têm tido lugar um pouco por toda a parte, inclusive em grandes festivais de banda desenhada como Angoulême, a partir de uma ideia original lançada em 1990 pelo norte-americano Scott McLoud, autor de BD e teórico dos quadradinhos.
 

19/10/2012

AmadoraBD 2012 (III)


Autores Estrangeiros
Exposições Paralelas








Depois do anúnico - desta vez atempado, pois foi feito com um mês de antecedência - dos principais conteúdos e exposições, o AmadoraBD divulga agora os seus principais convidados:
 
Autores Estrangeiros

27 e 28 de Outubro
Cyril Pedrosa
Desenhador, colorista e argumentista de banda desenhada Luso-descendente, estudou animação na escola Gobelins e estagiou, como animador assistente, no estúdio francês da Disney, em filmes como O Corcunda de Notre Dame e Hércules.
Em 1998, estreou-se na BD com a série Ring Circus, em 2006 criou Les Coeurs solitaires e, um ano mais tarde, Trois Ombres. Agora, com Portugal, viu o seu trabalho reconhecido com o Prémio FNAC, atribuído no Festival de Angoulême.
Este álbum foi considerado um dos grandes destaques do ano editorial franco-belga em 2011.Portugal, é uma história quase autobiográfica baseada na sua própria experiência e no conhecimento de um país que visita em 2006, para participar no Salão de BD da Sobreda da Caparica, a convite de Luiz Beira – que involuntariamente se tornou um dos responsáveis pela existência deste livro; tal como o CNBDI onde, já em fase de produção do álbum, Cyril Pedrosa fez parte importante da sua pesquisa sobre BD portuguesa. 

Mathieu Sapin
Em 1992, frequentou a Escola de Artes Decorativas, em Estrasburgo, na variante
ilustração. Entre 1996 e 1998, ilustrou oito títulos da revista juvenil Je Bouquine e
trabalhou no Museu de BD de Angoulême.
Desenha, regularmente, na revista Psikopat, dedicada a um público adulto.
É o criador de “Supermurgeman”, um super-herói vestido com cuecas vermelhas.
Em 2012, publicou o livro Campagne présidentielle, na qual relata a campanha de François Hollande nas eleições primárias socialistas.
 
Mike Deodato Jr
Se chegar às principais editoras norte-americanas é um sonho comum a muitos jovens autores, manter uma publicação regular nessas editoras, e assegurar os principais títulos e personagens das mesmas já só está ao alcance de um grupo muito restrito de grandes estrelas da BD.
O brasileiro Mike Deodato, autor presente no Amadora BD 2012, está neste grupo.
Deodato recebe grandes projetos da Marvel, em colaboração com alguns dos maiores argumentistas ligados à “casa das ideias”: a colaboração com Bruce Jones em Incredible  Hulk, com J. Michael Straczynski em Amazing Spider-Man, com Brian Michael Bendis em New Avengers, ou com Warren Ellis em Thunderbolts.
O autor já foi distinguido com um Troféu HQ Mix para “melhor desenhista”. 

Vincent Vanoli
 
 
3 e 4 de Novembro

Carol Tyler
É pintora, professora, comediante e desenhadora de BD. Foi nomeada para o prémio Eisner pelo seu trabalho autobiográfico. Nascida e criada em Chicago, Illinois, Tyler interessou-se pelo movimento underground onde viria a conhecer Justin Green. Em 1987, publica a sua primeira história “Uncovered Property” tornando-se uma das artistas femininas mais influentes na BD underground e alternativa. nos EUA. O mais recente projeto de Carol Tyler - You’ll Never Know - retrata a sua busca pelo que realmente aconteceu com o seu pai na  Segunda Grande Guerra Mundial. Actualmente, Tyler leciona Comics, Arte Sequencial e Novela Gráfica, na Universidade de Cincinnati. 

Edmond Baudoin
Aos 30 anos deixou a área de Contabilidade e dedicou-se à banda desenhada,
seguindo assim, um sonho de infância.
Baudoin apresenta o primeiro livro Le Sentiers Cimentés, em 1981.
A partir de então não mais parou de produzir. Tem neste momento cerca de 50 obras publicadas nas mais importantes editoras francesas. Como ilustrador, trabalhou sobretudo com alguns dos mais notáveis escritores como o marroquino Tajar Ben Jelloun, com vários galardões nas modalidades de prosa e poesia e distinguido em 2006, pelo Secretário Geral das Nações Unidas, com o Global Tolerance Award o francês de origem mauricia, G. Le Clézio, vencedor do Prémio Nobel da Literatura, em 2008.
Baudoin foi premiado em Angoulême, com as obras Couma Acco (Melhor Álbum, 1992) e pelo argumento de Le Portrait, 1995. 

Fabrice Neaud
Tem um bacharelato em literatura (na variante de artes gráficas,1986). Também estudou filosofia e frequentou uma escola de arte durante quatro anos.
É co-fundador da associação “Ego comme X” que tem uma revista com o mesmo nome. Em 1994, publicou os seus primeiros trabalhos no 1º número de Ego comme X. Era o início do seu Diário (em banda desenhada), um projeto autobiográfico ambicioso. Foi galardoado com o prémio Alph’art para melhor trabalho de jovem artista, em Angoulême, em 1997.
As suas obras têm sido objeto de trabalhos académicos. 

Justin Green
É um desenhador norte-americano e um dos pioneiros na banda desenhada autobiográfica. O livro que lhe trouxe mais notoriedade foi “Binky Brown Meets the Holy Virgin Mary”, publicado em 1972. Green foi uma figura chave na geração de 70 entre os artistas do movimento underground q ue reuniu nomescomo Art Spiegelman e Arcade Bill Griffith.
Nos anos 90 regressou à banda desenhada e, desde então, dedica-se sobretudo à produção de histórias curtas para revistas. 

10 e 11 de Novembro
  
Peter Pontiac
É um artista autodidata que começou a sua carreira em meados dos anos 70, influenciado pelo movimento comix underground, em particular por Robert Crumb.
Participou em diversas revistas e o seu trabalho foi publicado pelas editoras El Víbora, Espanha, Anarchy Comix e Mondo Snarfo, nos Estados Unidos.
Pontiac usa a sua própria vida como a principal inspiração para as suas histórias onde partilha as suas experiências limite, como no livro The Amsterdam Connection.
No final de 90, Pontiac dedicou-se exclusivamente ao seu romance biográfico ilustrado Kraut. Com ele Pontiac notabilizou-se na tradição de artistas como Robert Crumb, Jacques Tardi e Art Spiegelman. 

Mathieu Sapin
 
ZEP
Mas quem é Zep? Um contador de histórias da infância absolutamente incomparável? Um observador apaixonado do ser humano e da sua natureza? Um militante do amor e dos prazeres adultos? Um artista humilde e aberto? O neto de Rodolphe Töpffer?
Zep é tudo isso ao mesmo tempo. Zep é o pseudónimo de Philippe Chappuis, o criador da série Titeuf. Que nos dá a visão das crianças sobre o mundo dos adultos com um sentido de humor implacável em mais de 20 milhões de exemplares publicados em 27 idiomas!
Zep poderia repousado no sucesso de Titeuf.
Mas, continuou a ensaiar novos projetos, Happy Sex é um deles. Reservado para os adultos conta, sem complexos e com uma frontalidade especialmente rara, as pequenas e grandes alegrias (ou tristezas) do sexo, sobre todas as suas formas. Verdadeira ode ao prazer persiste quase como um manifesto para o sexo tão livre quanto feliz.
Presentemente, é o maior sucesso comercial das edições Delcourt com mais de 400.000 exemplares vendidos e o reconhecimento do prémio da Amadora…

Em datas a confirmar

Antonio Altarriba
É escritor, ensaista, guionista e argumentista de banda desenhada. Na década de 80 iniciou o seu trabalho nesta área com colaborações com o Colectivo Z na revista Bustrófedon e depois em De vuelta e Desfase, com o desenhador espanhol Luis Royo conhecido pela sua pintura sensual e imagética apocalítica.
Depois de uma paragem, nos anos 90, Altarriba regressou à BD produzindo ensaios e roteiros. Entre os últimos, conta-se El arte de volar, 2009, uma biografia do seu pai que, aos 90 anos, se suicidou numa residência para idosos.
 
Caeto
Estudou banda desenhada no Estúdio Pinheiros dirigido pelo Professor Domingos Takeshita, mentor de uma legião de ilustradores. Caeto está desde 2000 no mercado editorial, onde trabalhou para diversas editoras, e ilustrou obras de autores como Fernando Bonassi- escritor, dramaturgo, cineasta brasileiro, colunista da Folha de S. Paulo desde 1997 – e Heloísa Prieto - especialista em comunicação e semiótica com mais de 40 livros publicados – e colaborou com várias revistas brasileiras.
Caeto foi ainda editor das revistas independentes Sociedade Radioativa e Glamour Popular, nas quais participou com algumas das suas histórias.

Dominique Goblet
Estudou ilustração no Instituto Saint-Luc. A técnica mista que utiliza e as influências do universo da ilustração traduzem-se numa escrita gráfica única. O seu primeiro livro Portraits crachés, editado pela Freon, inclui histórias e imagens publicadas em revistas revivalistas da década de 90.Em 2007, a editora L’Association publicou a sua autobiografia em livro - Faire semblant, c’est mentir. Este ano, Dominique Goblet concluiu o livro Le projet Nikita que reúne os retratos que ela e sua filha fizeram uma da outra, desde 2002.
 

Programação paralela
 
O presidente da Câmara Municipal da Amadora tem o prazer de convidar V. Exª e família para as iniciativas de Programação Paralela e antestereia do 23º AmadoraBD 2012 que têm lugar nos dias: 

18 de Outubro, 19h
BDs Autobiográficas Francesas: Cyril Pedrosa e Mathieu Sapin
Institut Français du Portugal 

19 de Outubro, 19h
Cinzas da Revolta: Miguel Peres e Jhion (João Amaral)
Livraria Bucholz-Leya 

21 de Outubro, 14h
Diário Gráfico com Ricardo Cabral e Till Laßmann
percurso Rossio-Amadora com desenho em giz no Parque Central
Estação do Rossio 

22 a 28 de Outubro
Exposição Anado Editorial Português Prémios Nacionais de Banda Desenhada do AmadoraBD
Baixa Chiado PT Bluestation 

25 de Outubro, 21h30
Apresentação do álbum Portugal, com Cyril Pedrosa
Institut Français du Portugal 

(Textos da responsabilidade da organização)
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