À
imagem dos super-heróis de papel
Há
quase 30 anos, em 1994, para ser exacto, a banda desenhada portuguesa
assistia ao nascimento do Corvo na colecção Estórias
de Lisboa.
Prevista como história única, tinha como protagonista um
adolescente lisboeta órfão, seduzido pela utopia do mundo dos
super-heróis de que se alimentava nas revistas de quadradinhos,
apostado assim em esquecer o mundo real, assustador e triste em que
vivia.
Mais
olhos que barriga...
No
novo (em Portugal) episódio da chamada nova temporada - ou nova
série - de Michel Vaillant, fica mais uma vez a sensação que,
utilizando, talvez de forma apressada, o aforismo popular, houve
‘mais olhos que barriga’…
Com
40 aventuras em 64 anos, torna-se difícil escolher os melhores álbuns de Astérix.
Embora seja pacífico que todos se encontram entre os 24 assinados
pelos seus criadores originais, entre 1959 e 1977, o momento de
leitura, a sensibilidade para com os temas abordados e a enorme
qualidade de quase todos faz com que as opiniões se dividam.
Autor do catálogo da Polvo, Alcimar Frazão estará este
fim-de-semana no Amadora BD 2023 para apresentação e autógrafos da
sua mais recente edição portuguesa, Lovistori.
Esta narrativa dura e crua, sobre aceitação, amor e preconceitos,
serviu de pretexto para uma entrevista via correio eletrónico,
intermediada por Rui Brito, editor da Polvo, a quem fica o justo
agradecimento, entrevista essa que Alcimar Frazão entendeu estender
ao argumentista da obra, Lobo.
Subversão e respeito
Ancorado
na actualidade - como Goscinny sempre fez
- O
Lírio Branco está
desde hoje à venda, marcando a estreia na série do argumentista
Fabcaro, o
que fez
aumentar as expectativas em relação ao novo álbum, que
se desenrola entre subversão das regras e enorme respeito pela
pesada herança dos criadores da série.