Amadora BD 2022 - Os autógrafos

Lançamentos: Bug #3 + Corto Maltese: Mú + Armazém Central #1

 Arte de Autor

 + 

Armazém Central (volume final)

Saudades do futuro

18 meses, nove (cinco) álbuns, dois Invernos e mais de 700 páginas depois, chega ao fim a edição portuguesa da Arte de Autor de Armazém Central, uma das mais sublimes crónicas aos quadradinhos que a banda desenhada nos ofereceu neste século.

Lançamento: Armazém Central #8/#9 (de #9)

Arte de Autor

Armazém Central #6/#7

Ouçam como eles falam!

Se a anterior visita à pequena aldeia de Notre-Dame-des-Lacs, me levou a abordar esta belíssima série pela óptica dos eloquentes silêncios em que ela é fértil, no seu regresso neste díptico Ernest Latulippe-Charleston vou chamar a atenção para algo completamente oposto: a sua eloquente verve.

Lançamentos: Armazém Central 6/7 + No início eram dez...

Armazém Central #2/#3

Os múltiplos sons do silêncio

Já abordei aqui, sob vários prismas, a série Armazém Central - uma das grandes séries de BD deste século, sobre a vivência quotidiana numa pequena aldeia do Quebeque, no início do século XX, e sob os efeitos da chegada da dita civilização moderna - mas perante a sua reedição pela Arte de Autor, sinto-me na obrigação de fazer nova chamada de atenção, para que o máximo de autores a possam conhecer.
Mesmo sabendo que já atempadamente escrevi aqui no blog sobre o volume #2 Serge e sobre o volume #3 Os homens, a recente chegada às livrarias do díptico que os contém leva-me, desta vez, a escrever sobre silêncios.

Lançamento: Armazém Central #2/#3

Peter Pan #6: Destinos

Fim de viagem

Por vezes há casos assim, em que a viagem se revela mais interessante do que o destino final.
Aconteceu-me também com este sexto e último tomo de Peter Pan, que apesar de abrir com inusitada violência, acaba por saber a pouco… possivelmente, porque é uma adaptação de um romance e Loisel não quis fugir ao final de Barrie...

Lançamento: Peter Pan #6 (de 6)

Peter Pan #5: Gancho

Território desconhecido

Para bom número (?) de leitores - como eu - este álbum significa - finalmente! - a continuação de uma saga iniciada, em Portugal, há quase 30 anos e à espera de conclusão há perto de duas décadas. Assim, esta entrada em território desconhecido, tem duplo sabor: de encerramento (no próximo volume) e o do próprio relato em si.
E, o que posso adiantar desde já, é que Loisel continua a não desiludir, bem pelo contrário.

Lançamento: Peter Pan #5

Lançamento: Peter Pan #4

Peter Pan #4: Mãos Vermelhas

Culpa

‘Fui eu! A culpa é minha! (…) Eu matei-o!’

Peter in Mãos vermelhas

Iniciada a segunda metade da saga, atingido o ponto até ao qual a obra já tinha sido publicada em Portugal (dois volumes pela Bertrand, 2 volumes pela Booktree), este é um álbum fundamental para o estabelecimento de acontecimentos charneira da obra original, na renovada versão proposta por Régis Loisel.

Peter Pan #3: Tempestade

Regresso à realidade

‘Aqui, vivo como nas histórias dos livros, como nos meus sonhos.’

Peter in Tempestade

Piratas. Índios. Sereias. Fadas. Aventuras. Descoberta. Tesouros.
É disto, de quase tudo isto, que é feito o actual mundo de Peter. Salvo do Opikanoba no volume anterior, chegou a altura de comemorar com os seus amigos - aqueles que já conhecia das histórias que lia e recontava.
Mas, aos poucos, de forma insidiosa primeiro, depois abruptamente, a realidade vai sobrepor-se ao sonho e Peter terá de regressar ao mundo verdadeiro, o real, à Londres suja, violenta e deprimente onde sempre viveu.

Lançamento: Peter Pan #3

Lançamento: Peter Pan #2

Peter Pan #2: Opikanoba

Em direcção ao abismo...

‘Todas as histórias são verdadeiras, sobretudo aquelas que nos damos ao trabalho de imaginar…’

In Peter Pan #2: Opikanoba

E que imaginação demonstra Régis Loisel nesta sua versão - doentia e absurda, ouço alguns a dizer… - que subverte o(s) Peter Pan que todos (re)conhecemos, num segundo tomo que parece conduzir os participantes - e os leitores… - inexoravelmente para o abismo.

Lançamento: Peter Pan #1

 

Peter Pan #1: Londres

Como um murro no estômago...

Como já referido noutro caso equiparável, os que pertencem à minha geração - bem como à geração anterior e à(s) seguinte(s) - descobriram muitos dos clássicos da literatura nas versões animadas ou aos quadradinhos de Walt Disney.
Peter Pan, para mim, é um dos exemplos, por isso (re)descobri-lo nesta versão crua e psicologicamente violenta de Regis Loisel, foi como um autêntico murro no estômago.