Darwyn Cooke, animador, argumentista e ilustrador de banda
desenhada faleceu ontem aos 53 anos, vítima de cancro.
A notícia foi avançada pela esposa, no blog do autor: “Lamento informar-vos que o Darwyn perdeu a
sua batalha contra o cancro, à 1h30 desta madrugada. (...) Faleceu repleto da vossa amizade e rodeado pelos amigos e
familiares na sua casa na Florida”.
Natural de Toronto, no Canadá,
onde nasceu a 15 de Novembro de 1962, Cooke publicou a sua primeira banda
desenhada em 1985, uma história curta na revista New Talent Showcase #19, da DC Comics, mas só 15 anos depois é
que o mundo da BD descobriu verdadeiramente o seu talento, que como escritor
consistente e detalhado, quer como desenhador de traço limpo e claro.
Nesse ínterim, trabalhou como director artístico e designer
de diversas revistas no seu país natal e, mais tarde, em séries de animação
como Batman: The Animated Series (que
passa regularmente na televisão portuguesa), Superman: The Animated Series, Batman
Beyond e Men in Black: The Series.
Regressou à BD em 2000 com Batman: Ego, uma mini-série escrita e desenhada por ele, que chamou
a atenção dos editores e do público, a que se seguiram diversas participações
em X-Force, Wolverine, Spiderman ou Catwoman.
Em
2006, com Jeph Loeb, escreveu um aplaudido cruzamento entre Batman
e The Spirit, tendo depois assumido, a solo, o regresso do herói mascarado
criado por Will Eisner. DC: The New
Frontier, que lhe valeu dois dos quatro Eisner Awards da sua carreira (o
mais importante galardão da indústria norte-americana de comics), Superman Confidential e Before Watchmen são outros dos títulos
presentes na sua bibliografia.
Desde 2009 dedicou-se à adaptação dos romances policiais
protagonizados por Parker, um ladrão romântico criado por Richard Stark em
1962. Cooke concluiu a adaptação de quatro livros, o
primeiro dos quais, O Caçador, foi
editado em português pela Devir, no ano passado.
Um dos Contos de Batman,
oitavo volume da colecção Super-Heróis
DC Comics – Série II, editado pela Levoir em 2014, tem argumento seu.
(versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de
15 de Maio de 2016;
clicar nas imagens para as apreciar em toda a sua extensão)
RIP, Darwyn Cooke.
ResponderEliminarRealmente, e sem me alongar mais nos habituais lugares comuns próprios destas ocasiões,uma grande perda para os comics. Fica a sua obra, como a soberba minisérie da Justice League: The New Frontier, ou a GC Selina´s Big Score (quiçá a Levoir as poderá editar numa futura colecção), e a adaptação de Parker, cujos restantes três livros espero ver editados em Portugal para completar a colecção.
Sim, Digiutal, esperemos que em breve haja mais obras de Darwyn Cooke em português.
EliminarBoas leituras!