Indizível
‘Quem ler o teu relatório, tem de perceber e de perdoar’
In O Relatório de Brodeck
Acabo de reler - agora em português, quem o julgaria possível há
meia dúzia de anos…? - esta obra.
Mais uma vez, sinto-me subjugado, embrutecido, emocionalmente
abalroado, sem palavras, perante a violência visceral do relato -
mais íntima do que física, embora ela também lá esteja - e
perante a beleza agreste e brutal do traço.
Que escrever? Que é uma das grandes bandas desenhadas que já li na
vida. E rogar por favor que a leiam.
Sem palavras pela segunda vez, recorro ao texto que escrevi aqui no blog há cerca de cinco anos. Querer escrever mais, justificar-me ou sobrepor-me à versão desenhada que Manu Larcenet fez do romance de Philippe Claudel, seria ir além do que é justo, possível e aceitável.
Se quiserem, cliquem nesta ligação e leiam as minhas já parcas palavras de então. Independentemente disso, vão comprar o livro (na magnífica versão da Ala dos Livros). Há obras ao lado das quais não se pode passar.
O Relatório de Brodeck - Edição integral
Manu Larcenet
Ala dos Livros
Portugal, Outubro de 2021
298 x 242 mm, 328 p., pb, capa dura com sobrecapa
39,99 €
(imagens disponibilizadas pela Ala dos Livros; clicar nesta ligação para ver mais pranchas ou nas aqui mostradas para as aproveitar em toda a sua extensão)
Acabei de ler. Siderado, perturbado, fascinado. Do melhor que li em toda a vida. Indizível e imperdível
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